sábado, 1 de janeiro de 2011

(tudo por amor): esmagar Ácis, tornar Ácis rio


Estranho, brutal
Polifemo.
Seu olho mineiro de ciclope
Domina o mar.
Passo firme, nuvens caem.

Vinho de Ísmaro.
A si vida, a Acis morte, à Ninfa pranto.
Polifemo canta
Lívidas ondas, tranças de espuma.
Ama Galateia.
(Indiferente ao que o mar, silente, espelha).

Ulisses de rastos.





NELSON, José Emílio.
"Fabula de Polifemo y Galatea"
in Polifemo e outros poemas, INCM, 1983.

Sem comentários: