Odisseia: Colóquio
De que falamos quando falamos da Odisseia?
(Mosteiro de São Bento da Vitória, 28 e 29 de Janeiro de 2011.)
Dos despojos de Tróia até regressar a Ítaca, Ulisses errou durante vinte anos. A sua viagem, feita de empreendimento e astúcia, de fado e perigo, de descidas ao inferno da verdade, de uma candura poética que resgata a mentira e a sedição, de um turvo olhar ocidental sobre o outro, é a fonte de todas as viagens, é o espelho vertiginoso onde, tal como Ulisses conta a sua viagem aos Feaces, nos transformamos nos narradores de nós próprios. Essa viagem é a Odisseia. Para a desbravar, convidamos um número apreciável de pessoas interessantes, que vêm dos universos da política, da filosofia, da criação artística, das universidades, de Portugal e do mundo lá fora. Desde as releituras da obra em tradução até à interpelação da criação artística nas aras da cidadania e das novas sociedades multiculturais, cheias de viajantes sem retorno, até à utopia de uma cultura da política, outra que não esta espécie de teia de Penélope, sempre fazendo-se e desfazendo-se enquanto os pretendentes arruínam o presente afirmando construir um futuro, de tudo um pouco se discutirá ao longo destes dois dias de Janeiro.
2 comentários:
Eu vou!
E recomendo. Vivamente.
Depois tens que plantar aqui qualquer coisa para quem, como eu, não pode lá estar!
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