quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Alceu e o vinho: um post para Zagreus


8 (332 L-P)

Precisamos de embriagar-nos, é preciso
que todos bebam sem descanso, agora
que Mírsilo morreu.


11 (335 L-P)

É preciso não entregar 
o coração ao infortúnio.
Nada lucraremos, ó Bíquis,
com tristezas. O melhor
remédio é pedir
vinho e embriagar-nos.


13 (333 L-P)

Porque o vinho
é o espelho dos homens.


14 (369 L-P)

Sorvendo ora o vinho mais doce
do que o mel, ora o vinho
mais picante que o harpão.


17 (38 L-P)

Bebe [e embriaga-te] comigo, ó Melanipo. 

 
18 (367 L-P)

Já sinto chegar
a primavera florida...

Misturai depressa no vaso
vinho doce como o mel.


21 (50 L-P)

O vinho, meu amigo, e a verdade.


22 (346 L-P)

Bebamos. Porque havemos
de esperar pelas lucernas? O dia
tem a extensão de um dedo. Traz
as taças grandes, meu amor, as coloridas
taças. O filho
de Sémele e de Zeus aos homens
o vinho deu para esquecimento
de seus males. Enche-as
até transbordarem - uma
parte de vinho para duas
de água. E que uma taça
empurre a outra.


23 (342 L-P)

Planta a videira de preferência
a outro qualquer arbusto.





ALCEU.
Alceu e Safo, INCM, 1986.
(Trad.: Albano Martins)

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