quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Daniel e os gregos (4)


A meada doba e roda a mão fechada
Em seu silêncio de coisa destruída
Como despetalada uma corola aberta
Boca, ferida, cratera
Círculo que resiste à forma da palavra.

A teia é movimento que persiste
Em sua paciência.
Como Ariadne costurando umbrais
Para que Teseu possa vir do nada.



FARIA, DANIEL.
"Labirinto II"
in Poesia, ed.: Vera Vouga, Quasi, 2006.
 

Sem comentários: