Dos oradores asiáticos [Cícero] frequentou Xénocles de Adramiteu, Dionísio da Magnésia e Menipo da Cária; em Rodes, o orador Apolónio Mólon e o filósofo Posidónio. 6. Conta-se que Apolónio, que não sabia latim, pediu a Cícero que discursasse em grego. Este aceitou de boa vontade, pensando que assim seria melhor corrigido. 7. Depois de discursar, os outros ficaram estupefactos e rivalizavam nos elogios, mas Apolónio não se manifestou durante a audição e, quando Cícero terminou, ficou sentado muito tempo, pensativo. Perante o incómodo de Cícero acabou por dizer: “Louvo-te, ó Cícero, e admiro-te, mas lamento a sorte da Hélade, ao ver que, através de ti, passam para os Romanos as únicas marcas de excelência que nos restavam – a cultura e a eloquência.”
PLUTARCO.
Vidas paralelas - Demóstenes e Cícero, CECH, 2010.
(Trad.: Marta Várzeas)
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