Martin Bernal, Black Athena
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Trata-se de repensar e redefinir as origens e os contornos das primeiras civilizações antigas. Tal, por sua vez, implica um enorme choque entre o homem actual e as ideias opostas àquelas que, aparentemente, parecem já estar estabelecidas na esfera histórica (e social). Não deixa, com efeito, de ser uma perspectiva muito interessante e a ter em consideração; assim, de repente, o mediterrâneo parece adequar-se à célebre didascália de Vinicius de Moraes, quando, nos inícios de Orfeu da Conceição, escreve:
Todas as personagens da tragédia devem ser normalmente representadas por atores de raça negra, não importando isto em que não possa ser, eventualmente, encenada com atores brancos. Tratando-se de uma peça onde a gíria popular representa um papel muito importante, e como a linguagem do povo é extremamente mutável, em caso de representação deve ela ser adaptada às suas novas condições. [1]
Importa referir que Vinicius vai tratar, no papel e no palco, o mito de Orfeu e Eurídice, trabalhando não só estas duas personagens míticas, agora negras e brasileiras, como também, a título de exemplo, Apolo, Aristeu ou Clio.
Vale a pena ler (tanto uma coisa como outra). Ficam aqui as sugestões. A par delas, o desejo de um bom fim-de-semana.
[1] MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa, org.: Alexei Bueno, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1998.
Importa referir que Vinicius vai tratar, no papel e no palco, o mito de Orfeu e Eurídice, trabalhando não só estas duas personagens míticas, agora negras e brasileiras, como também, a título de exemplo, Apolo, Aristeu ou Clio.
Vale a pena ler (tanto uma coisa como outra). Ficam aqui as sugestões. A par delas, o desejo de um bom fim-de-semana.
[1] MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa, org.: Alexei Bueno, Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1998.
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